ARCANO XIX – O SOL LEI XIX – LEI DO COLETIVOS
O Arcano XIX – O Sol e a Lei que ele representa, a Lei do Coletivo, fazem parte de uma Tríade muito peculiar na qual predominam os Corpos Celestes – a Estrela no XVII, A Lua no XVIII e o Sol no XIX. O que vemos nela é uma obra sendo desenvolvida em um espaço definido, dentro de determinados padrões, e cujo sucesso exige a aplicação de todo o conhecimento que possa ser conseguido, seja ele lunar intuitivo e inconsciente, ou solar concreto, objetivo e material. O conhecimento solar olha para o mundo exterior e procura estabelecer a ponte que irá permitir a aceitação da obra no meio ambiente. O conhecimento lunar enxerga o mundo interior, e procura inserir na obra os ingredientes que irão facilitar a sua integração e harmonia com o Todo. Ambos são indispensáveis para garantir a sua sobrevivência.
Assim, toda obra traz em si dois componentes indispensáveis – uma parcela da essência do seu criador e as características que podem satisfazer as necessidades ou as preferências daqueles que vão apreciá-la. O equilíbrio, ou não, dessa combinação poderá assegurar o sucesso ou o fracasso da sua aceitação pelo meio ambiente. O título “Lei do Coletivo” se justifica a partir da ideia de que a finalidade de qualquer trabalho é entregá-lo ao meio ambiente, este o “consumidor” exigente que irá determinar se o “produto” entregue atende ou não, serve ou não serve, em suma, vai decretar a sua sobrevivência ou a sua morte. É exatamente neste ponto, na Lei XIX, que ocorre a transição entre os dois ciclos. Aqui tem início o compartilhamento no momento que fica claramente estabelecido que a “cria” está pronta para enfrentar os desafios do mundo exterior. O Presente concreto entrega algo a um Futuro incerto, imprevisível e onde não existem regras fixas, esperando que ele encontre as condições para sobreviver por conta própria, pois se trata sempre de um “produto acabado”. Este é o momento em que o produto é colocado no mercado, a obra de arte é exposta, o livro é publicado, ou uma criança nasce. Veremos mais adiante, ao abordarmos a Tríade seguinte que existe uma curta fase de adaptação a este novo Ciclo, onde pode ser esperada uma certa proteção, mas depois disso é exigida liberdade plena.
A grande inimiga desta transição é a preocupação com a opinião alheia, ou ainda com as “eventuais” ameaças oriundas do meio ambiente que podem pairar sobre a “criação”. Este, talvez, é o principal aspecto subjetivo da Lei XIX, que dificulta e pode chegar mesmo a impedir que um resultado, uma obra, ou uma ideia sejam compartilhados, fazendo com que acabem sendo esquecidos, morrendo ou, o que é muito comum, sejam aproveitados por outros atores mais corajosos, pois, como já foi comentado anteriormente, uma ideia, uma vez pinçada no arquivo universal, adquire energia própria, se liberta e fica pronta para ser acessada, até com maior facilidade. Esta é a base da sincronicidade. Assim, sempre recomendo que se você tem uma ideia, aproveite-a e use-a rapidamente, porque caso contrário alguém vai usar.
É bom frisar que na grande maioria dos casos os motivos apresentados para abdicar de um projeto apenas escondem uma tentativa de autopreservação e uma aversão por correr riscos, para o que costumam ser oferecidas excelentes razões para a decisão tomada, todas plausíveis e politicamente corretas, mas nunca as verdadeiras. Não devemos esquecer que decompondo o 19 teremos (1+9 = 10 = 1 ), o que representa uma nova unidade em outro nível energético e que indica que qualquer relacionamento implica em riscos que precisam ser corridos.
