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ARCANO XVII – A ESTRELA     LEI XVII – LEI DOS LIMITES

     Esta é a energia que fecha a Tríade 15-16-17 que é a terceira etapa do Ciclo de Materialização, ou seja, aquele no qual aparecem os resultados concretos dos esforços empreendidos. O simbolismo do Arcano XVII e as implicações da Lei na realidade estão descritos em detalhes no Site https://www.alpeneagrama.com , bastando clicar na figura para ter acesso a essas informações. Vamos nos concentrar aqui em dois aspectos peculiares que ajudam e entender a natureza desta energia e a melhor maneira de utilizá-la em nosso benefício. Em primeiro lugar, fica mais fácil se aproximar dela associando-a a um espaço que deve ser definido e ocupado, como um útero no qual alguma coisa vai ser gerada, para depois ter a sua vida própria. Esta área precisa ser expandida de acordo com as necessidades, para permitir o que a obra possa se desenvolver nela.

    É aqui que entra o perfeito entendimento do que é “expandir” em oposição a construir algo. Em condições normais, a expansão ocorrerá quando o espaço até então disponível estiver completamente ocupado, pois até esse momento a expansão não será necessária. No outro caso, podemos construir uma estrutura a qualquer momento e não colocar nada dentro dela. É válido dizer que a expansão só poderia, ou deveria, ocorrer quando todo o espaço já estivesse ocupado, ou explorado. Se transportarmos esta ideia para a vida real, podemos entender por que conhecer o nosso espaço é pré-requisito para avançar com segurança, ampliando nossos horizontes, enfrentando e adquirindo novos desafios e conhecimentos. E expansão é natural, uniforme e ocorre de dentro para fora. Uma árvore em crescimento se expande de forma constante até chegar ao seu tamanho final, graças à seiva que a percorre e alimenta.    

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A denominação de Lei dos Limites dada à energia do Arcano XVII está coerente com esta ideia de uma área que precisa ser expandida e encontrar o tamanho certo para cumprir a sua finalidade que estará sempre ligada à realização de algo. Precisamos estabelecer corretamente nossos limites de atuação e de aceitação, caso contrário corremos o risco de invadir espaços alheios, ou de permitir que nosso seja invadido. Esta Lei é a que regula o “desconfiômetro” de cada um. Uma pessoa invasiva costuma ser aquela que estabelece limites muito amplos para sua atuação. Já os tímidos estão entre os que colocam suas fronteiras muito próximas e acabam achando que tudo além delas é uma ameaça que preferem não enfrentar. Limites estreitos deixam de fora várias possibilidades que poderiam ser administradas com facilidade se fossem encaradas sem medo. Estamos falando aqui do tamanho que queremos dar à manifestação do nosso Ser. Se lembrarmos que a redução numérica do 17 é 8 (1+7=8) e considerando ainda que o símbolo do Arcano é a estrela de 8 pontas e que 8 é o Arcano da Justiça, podemos inferir que a correta vivência da energia da Lei XVII é conseguida quando encontramos a “justa” medida da manifestação do nosso Ser, ou seja, nos aproximamos de uma justiça interior

    Precisamos estar aptos a manifestar uma parcela suficiente do nosso Ser que possa acomodar, não apenas as virtudes que gostamos de mostrar, mas também os defeitos que costumamos jogar na sombra para escondê-los e que nos ofendem quando são mencionados.

    Os que conhecem profundamente o seu espaço sentem-se seguros nele a ponto de não de incomodarem quando seus defeitos são apontados. Toda vez que nos sentirmos incomodados com algo que nos é lançado, devemos nos lembrar do dito popular: “ – Só a verdade ofende”. Isto é um sinal que precisamos de uma expansão.

    A autoconfiança só é atingida quando conhecemos bem o nosso espaço e isso inclui o aparente e o oculto que precisamos “descobrir”. Delegar autoridade é um sinal de autoconfiança, pois sabemos que estaremos aptos a reassumir o controle a qualquer momento quando se tornar necessário, antes que qualquer dano seja causado.

      Outro aspecto desta energia que merece destaque é o de ela ser associada à intuição. A leitura do texto sobre a Esperança, também existente no Site, contribui para formar o quadro geral e conduz no mesmo sentido de ligar a intuição ao Conhecimento. Não ao conhecimento explícito e consciente, mas ao conhecimento inconsciente acumulado em razão das experiências que trazemos ou das novas que adquirimos ao longo da vida, o que é chamado por muitos estudiosos de “inconsciente adaptativo” que se instala no subconsciente muito antes de poder ser acessado diretamente e trazido para a consciência. É interessante observar como nenhum marinheiro consulta um livro para enfrentar um mar revolto, traçar o melhor rumo ou a melhor estratégia para o momento, e sim se deixa levar pela sua intuição, a voz interior que o alerta para os perigos, tudo isso em poucos segundos. É a intuição que nos diz se devemos tomar este ou aquele caminho, aceitar ou não uma oferta de trabalho ou engajar num projeto...ela orienta a maioria de nossas decisões cotidianas. Em alguns momentos chegamos mesmo a “ouvir” essa voz interior nos orientando. Operadores da bolsa, médicos, psicólogos, artistas, donas de casa, todos são levados a tomar diariamente decisões quase instantâneas guiados pela intuição.

    Quem domina o seu espaço, explora as suas potencialidades e conhece as suas deficiências vai acumulando no inconsciente essas informações e experiências que vão alimentar a intuição à qual teremos acesso quando chegar a necessidade. Resta acreditar nela. Afinal, ela decorre das experiências da nossa Alma que a usa para se comunicar conosco, embora nem sempre estejamos atentos ou consigamos entender suas mensagens. Quanto maior a liberdade que dermos à nossa mente, sem barreiras ou preconceitos, maior será a o afloramento da intuição.

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