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Lei VII na 3ª dimensão – Lei do Movimento (Lei do Ritmo)

  

     Na Lei anterior, o personagem principal estava em conflito entre dois princípios que lhe são inerentes. Aqui ele se mostra triunfante sobre eles; o obstáculo anterior foi superado, agora não está mais imobilizado numa encruzilhada e encontra-se sobre uma carruagem, que é figura que domina a imagem do Arcano VII. Assim representa um instrumento de conquista e domínio, que o guiará em sua viagem pela vida. Está jornada, aparentemente exterior, trará aprendizados internos é terá papel fundamental na vida do guerreiro. É preciso fazer a conexão entre a jornada interna e externa.

      Esta Lei também é conhecida como Lei de Sete ou Lei das Oitavas, o que remete para a escala musical, composta por oitavas, onde pode ser observada a inexistência de sustenidos/bemóis em determinados intervalos. Tais descontinuidades podem ser associadas a perdas energéticas e dificuldades para suplantar as etapas correspondentes. Os desavisados quando se propõem a atingir determinada meta ou objetivo são levados, mecanicamente, pela espiral do Universo, em cujo percurso ocorrerão sempre dois retardos energéticos, provocando desvios de direção e enfraquecimento do movimento.

      Para que o objetivo possa ser alcançado, é necessário que sejam introduzidas forças adicionais para reorientação – os choques: a criação de algo novo que venha injetar energia e motivação – um movimento tem que ser feito. A administração de uma meta deve ser feita através das sete etapas que formam uma oitava. Os pontos de queda energética acontecem entre a 3a e a 4a etapas e entra a 7a e a 1a da oitava seguinte. Há que entender que o movimento pode ser ascendente ou descendente. No segundo caso, os choques devem acontecer entre a 1a e 2a etapas e entre a 5a e 6a etapas, para que o movimento possa prosseguir na direção inicial.

      Isto só é possível pela imposição de nossa vontade sobre o movimento mecânico – um esforço consciente – capaz de gerar um aumento de energia e ampliação de consciência através de um trabalho sobre si. Esta é uma Lei de vencedores, pois todos aqueles que a conhecem podem lidar com ela para chegar aos seus destinos. Ela traz idealismo, força contagiante, liderança, mas pode levar o seu portador a enveredar pelo caminho dos sonhos e das ilusões. É uma Lei que exige movimento. Movimento cria campos magnéticos que atraem novas energias e favorecem os resultados. A sabedoria popular diz que “Deus ajuda a quem cedo madruga”.

     Viver a Lei sete significa saber detectar o enfraquecimento de sua energia e dar os choques necessários nos momentos oportunos. Significa ter sempre um objetivo, por menor que seja. Todo triunfo alegra a alma e incentiva nova caminhada e novos movimentos. Sonhar sim, iludir-se nunca. 

O sete segue-se ao seis. A ação segue-se à escolha e à decisão. A grande virtude do sete é a de vencer os seus medos, porque ele também os tem: o medo de ter feito a escolha errada, a incerteza sobre a correção de suas motivações, o medo de induzir ao erro, o medo da derrota. O eterno conflito entre o sucesso e o fracasso.

     É necessária uma grande estabilidade para manter as forças antagônicas ou instintivas que conduzem o veículo sob controle. Ninguém deve iludir-se em sua viagem, achando-se só e imune a tudo, sem dever satisfação a ninguém. Seu olhar no futuro não pode ignorar por onde está passando, achando-se acima da realidade terrena e dos seus semelhantes. A proteção sobre sua cabeça não pode deixá-lo imune às influências superiores. Sua jornada exige coragem, força e percepção. Sua essência é o movimento, mas não deve perder o equilíbrio.

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