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Lei XXII na 3a Dimensão – Lei da Relatividade

 

    A Lei XXII é uma conseqüência direta da anterior. Se alguém alcança um elevado nível de entendimento e integração com o Universo, dificilmente poderá ser enquadrado como “normal” no mundo em que vivemos. O mínimo que pode ser dito em relação a esta pessoa é que não é convencional, que é desligada ou que vive em outro diedro, em suma - é diferente.

       A Lei atua sobre os indivíduos como se eles tivessem já desenvolvida essa percepção abrangente do Universo. Como eles ainda não a têm, passam a apresentar comportamentos e atitudes que não condizem com a sua própria realidade e podem, com isso, causar estranheza ou mesmo entrar em choque com o mundo que os cerca.

     Em alguns casos, graças à sua inteligência, sagacidade e eloquência, conseguem transformar em respeito esta percepção das pessoas.  Passam, então, a ter admiradores ou seguidores, como é o caso dos filósofos, cientistas, humoristas e, até mesmo, dos chamados hippies. Pessoas influenciadas por esta Lei, quando alcançam destaque, devem-no mais à sua vivacidade intelectual do que a um esforço direcionado.

      Nenhuma ideia é aceita de imediato. Há sempre um questionamento ou uma posição de “advogado do diabo”, quase sempre tentando provar que não existem realidades absolutas, que tudo é questionável e relativo, dependendo do ponto de vista assumido. É bom que se diga que a posição de Advogado do Diabo é uma forma velada de emitir sua própria opinião sobre determinado tema sem se comprometer ou entrar em confronto direto com o interlocutor, atitude esta que não faz parte do rol de características dos portadores desta Lei.

     A sensação de liberdade que se origina na Lei XXI, “vaza” para esta Lei, tornando as pessoas desconfortáveis quando vinculados a alguma estrutura estável e formal, o que faz com que acabem questionando essa estrutura, mas sem apresentar alternativas ou mesmo se afastarem dela. Minam a estabilidade da estrutura, apontando as suas falhas. Em geral, não fazem isso diretamente, impondo as suas idéias, mas sim através de algum tipo de boicote ou ironia. Neste ponto, podem se tornar agentes importantes no encerramento de processos e estruturas decadentes, permitindo o aparecimento do novo.

     Esta Lei, pode-se dizer, é o Alpha e o Ômega, o início e o fim, pois é da essência buscada nos processos que, quando conseguida, são iniciados os novos empreendimentos - experiências conseguidas, lições aprendidas, ganho material apurado. Nenhum processo pode ser dito concluído com sucesso se dele não for extraída a sua essência. Este tipo de encerramento, ao contrário do que ocorre na Lei XVI, ocorre de dentro para fora, um fechamento natural e inevitável, e não um imposto pelo meio ambiente de forma abrupta e, algumas vezes, inesperada. Assim, aqueles sob a influência desta Lei estão sempre em busca da essência embora, na maioria dos casos, não saibam exatamente qual, nem onde conseguir essa resposta; sabem apenas que há alguma coisa a ser buscada.

      É interessante observar, no entanto, como uma lei XXII pode atrair uma Lei XVI, fascinada pelo brilho da inteligência e da fala, que vai, ela então, fazer os movimentos que vão provocar a mudança. O grande perigo dessa situação é a perda da visão do objetivo, da essência a alcançar, pois a Lei XXII, sozinha, não é capaz de imprimir a liderança necessária para, ao final, manter acesa essa chama. A consequência é que os erros se repetem e o que deveria ser novo, acaba se transformando naquilo que deu origem ao processo – tudo volta a ser como era.

    Sendo esta uma Lei de final de ciclo, traz para os seus portadores uma sensação de já terem percorrido todos os meandros do caminho, embora isso não seja a realidade. Daí nasce a sensação de ser o dono da verdade e já ter vivido todas as experiências. Dessa “certeza” derivam a sua irreverência, o seu sarcasmo e o seu pouco respeito pela formalidade.

       Esta lei deveria trazer desapego a coisas materiais, mas não elimina o gosto pelo conforto, pois este é um dos elementos básicos do que se pode chamar de qualidade de vida, requisito fundamental para propiciar condições para o desenvolvimento dos aspectos mais sutis do Ser.

       Pessoas afetadas por esta Lei são essencialmente “diferentes”. Quando não conseguem levar a vida por si mesmos, devem, sempre que possível, buscar abrigo numa estrutura sólida que possa suportar as suas esquisitices sem se deixar afetar por elas, a fim de que possam garantir a sua estabilidade material. Um emprego público, por exemplo, costuma abrigar com freqüência portadores desta Lei, assegurando-lhes a estabilidade necessária, sem grandes preocupações. Isto não quer dizer, naturalmente, que s´[o existam portadores dessa energia no serviço público, pois, como vimos, os portadores da Tríade 12-XX-13 fazem parte do grupo que compõe as infraestruturas e, portanto, possuem uma propensão natural ao serviço. 

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