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IMPLICAÇÕES OCULTAS DE TRÍADE (12-XX-13)

 

Uma das melhores  maneiras de entender a atuação de uma Lei é associa-la ao simbolismo que ela carrega.   É claro que, dependendo da sua posição nas camadas do Eneagrama, elas irão atuar mais especificamente naquilo que for oriundo dos Centros correspondentes.  

Os comentários agora apresentados foram omitidos nos vídeos do Curso Online, por abordarem aspectos sensíveis que poderiam pegar de surpresa grande parte dos assistentes.  Este é um tema que precisa de uma mente aberta, pronta para receber novas ideias, sem simplesmente rejeitá-las ao primeiro contato e que se esteja disposto a  aprofundar no assunto, mesmo que acabando por não concordar.   Este texto se baseia no comentário apresentado abaixo em itálico e que poderia ter sido introduzido no vídeo, talvez com um nível de informações adicionais insuficiente para garantir uma análise isenta.

 

“Nesta tríade 12-XX-13 a Lei 13 está muito afetada pela aceitação e pela capacidade de entrega.     A receptividade e a capacidade de auto renúncia são importantes características femininas e servem de base para outras virtudes como concepção, a sensibilidade e a proteção.

Os símbolos arquetípicos tradicionais da feminilidade são a Água e a Lua. Ambas renunciam a irradiar e transmitir ativamente, como fazem os seus polos opostos, o Fogo e o Sol. Tornam-se, assim, ambos, capazes de receber o calor e a  Luz deixando-os entrar e ser refletidos.

A água renuncia à exigência de uma forma própria – ela se adapta a qualquer forma, entrega-se.”

 

Uma leitura pura e simples desse texto nos dias de hoje, poderia levar as pessoas a considera-lo de natureza patriarcal ou, até mesmo, machista, no que estariam certas, mas talvez não absolutamente.  Temos assistido a uma mudança da postura das mulheres em relação à vida, tanto no que se refere aos seus direitos de participação na sociedade, domínio sobre o uso do seu corpo e outros aspectos, no que vem sendo chamado de “empoderamento”. 

O grande vilão dessa “luta” é, na maioria dos casos, se não na totalidade, o sexo masculino – o homem.  Vamos tentar entender isso.

Vamos começar o nosso raciocínio pela ideia de evolução, termo que pode ter muitas acepções, entre as quais uma que nos interessa diretamente – a que expressa um movimento para frente, de crescimento, que eleva a patamares mais altos e aperfeiçoados qualquer coisa que seja alvo dele.   Assim, aqui, evoluir será sempre melhorar naquilo a que se propõe. 

Todos os seres, de alguma, forma aprendem e evoluem, uma tendência que o próprio ser humano está transferindo para as máquinas que cria, através de uma inteligência artificial (IA) que, entre outras coisas, permite que elas aprendam com as sus próprias experiências.  Nem mesmo os adeptos do criacionismo poderão negar que isto se deve a um arquétipo impresso em nós desde a criação.   Este mesmo registro está provavelmente impresso nos diversos níveis de toda a criação, nos planetas e no universo. Todos eles são seres com vida própria e inteligência e que, portanto buscam sempre evoluir.

O próprio mito da criação do homem dos católicos nos fala do momento em que há uma separação dos sexos, através da utilização de uma costela de Adão, o que representa, simbolicamente, o aparecimento das polaridades que permitirão a manifestação física do universo e de tudo nele contido.  Antes disso, o que existiam aram energias não manifestas.  A energia seria então uma Unidade, um todo indivisível.  Este contexto imprime também em muitos, a ideia arquetípica de que evoluir é voltar à unidade – uma lembrança remota do que já fomos e não somos mais.  

Os mitos da criação nas diversas culturas podem diferir nas suas narrativas mas, certamente, têm origem em um mesmo fato histórico perdido no tempo por falta de registros adequados, mas presente como um poderoso arquétipo cujas interpretações, em cada uma delas,  geram as narrativas que os descrevem.

No entanto, o que deve acontecer na realidade é que esta evolução ocorra em ritmos diferentes em cada nível vibracional e não é possível garantir que humanidade e planeta estejam no mesmo nível evolutivo.

Se o primeiro estiver mais avançado, o que é o mais provável, ele não tem como esperar parado que a humanidade chegue lá.

O que vemos acontecer no feminino nada mais é de que uma busca pela volta à unidade indivisível.  As vibrações do planeta e das pessoas mais adiantadas na evolução tendem a alterar o inconsciente coletivo e a imprimir nas pessoas uma ansiedade pelo alcance da tão almejada unidade.  No entanto, existe um grande obstáculo nesse caminho – o corpo físico.  Sim, porque a mente pode estar alterada, mas o corpo físico continua o mesmo e o que se tem de palpável é a vida material, portanto, tudo o que se consegue são movimentos específicos em determinadas áreas que afetam o dia a dia, como empregos, salários, sexualidade, domínio sobre o corpo, sem que seja percebido que o que se busca mesmo é um retorno à unidade.   

Felizmente, este processo é progressivo e seu impacto sobre a humanidade será sentido ao longo de muito tempo, dando tempo aos mais atrasados para prosseguirem na sua busca por vibrações mais sutis.    Imaginem, por exemplo, se todas as mulheres abdicassem num determinado momento de ter filhos.   O que seria da humanidade ?   Este  processo já vem acontecendo – note-se quantos casais já estão optando por adotar “pets” em vez de escolherem ter filhos.  Se não é por falta de amor para dar, quais seriam os verdadeiros motivos?   Tudo faz parte de um processo de “transição” que, por definição, costuma ser longo.   Quem ainda alega não perceber a transição planetária basta olhar à sua volta para percebe os indícios em vez de simplesmente criticar.

Outro exemplo escancarado de transição afetado pela existência do corpo humano como veículo do Ser é o crescimento e a aceitação da homossexualidade pela sociedade, ao contrario do que acontecia há relativamente pouco tempo atrás.   A volta a um corpo puramente energético implica também no retorno à androginia, ou seja, à não existência de polaridades e consequentemente de sexos diferenciados.  

No mundo físico a busca da androginia é confundida, ou se manifesta, pela homossexualidade, porque o ser humano, ainda precisa satisfazer o seu corpo.  O caminho para androginia não passa, no entanto, pela necessidade de o homem se afeminar nem de a mulher se masculinizar.  Ela é um estado espiritual, e não físico, e seu centro de atuação deveria ser exclusivamente a mente.  Aqueles que conseguem isolar esta energia, impedindo que ela afete o emocional e o físico, provavelmente poderão levar as suas vidas normalmente, mesmo durante a transição,  porque reconhecem a androginia, mas continuam adaptados ao mundo em que vivem e provavelmente – não é possível afirmar – estão no final de sua transição.   O que acontece depois, eu não sei.

Vários outros exemplos poderiam ser citados, como a convivência pacífica entre animais que eram arqui-inimigos, animais selvagens sendo domesticados e muitos outras casos que refletem mudanças que não são intencionalmente provocadas.

Não fica difícil justificar o comentário de que o Planeta estaria mais avançado do que a humanidade, quando vemos a diferença de comportamento do ser humano em relação aos seus semelhantes – guerras, agressões, crimes, preconceitos e todos os comportamentos que apenas contribuem para enfatizar as diferenças, inclusive a rotulação de “minorias” o que serve apenas aos interesses dos que desejam assumir controle e poder sobre elas. 

O tema básico desta discussão, quando comentei que os que consideram o texto em itálico como patriarcal ou machista poderiam não estar absolutamente certos, concentra-se no entendimento da própria androginia e no seu reconhecimento.   O sexo é uma atividade fecundante, seja ela no espirito, na alma ou no corpo.  Criar uma obra de arte ou literária é consequência de uma mente fecundada por novas ideias; desenvolver novos sentimentos e entendimentos é consequência, em geral, de emoções positivas; gerar uma nova vida é a consequência do desejo de construir uma familia, tudo isso faz parte desse movimento sexual.  O entendimento da androginia permite engajar numa nova variedade de sexo que pode abranger outras partes do Ser Humano e não apenas o corpo físico – e  todas elas acabam sendo prazerosas. Resta saber qual delas cada um vai escolher... existe “público” para todas elas.  Um caminho em direção à unidade permite desfrutar de todas elas.   Quando ficamos a mercê das energias, sem perceber a sua atuação, estamos sujeitos aos desvios de trajetória que permitem a predominância de um dos centros sobre os demais, tirando o nosso equilíbrio e nos levando aos excessos já apontados anteriormente.

Por que associar esse processo à Tríade 12-XX-13?

Em primeiro lugar, esta é uma associação natural, pois o ponto em que ela se encontra no processo é denominado Infraestrutura, que se caracteriza pela renúncia aos holofotes, pois é algo que normalmente não é percebido, embora, sem ela, provavelmente os processos dificilmente chegarão com sucesso aos seus fins almejados. Ela tem a ver com humildade e aceitação, não no sentido de inferioridade, mas de reconhecimento da importância do seu papel para o processo, mesmo sem o destaque e as retribuições exteriores, não confundindo importância com grandeza.

Além disso, ela é a entrada para o Ciclo do Presente ou Material.  Este Ciclo é  o principal responsável pelo nosso dia a dia e a sua entrada precisa ser reforçada pela entrada da variável (XX) que vai completá-la – uma vontade forte de atingir os seus objetivos – que precisa ser passada pelo Ciclo anterior (Ordem/Passado), onde se constrói a força que é passada adiante. Neste último Ciclo estão presentes energias espirituais (5-6-7-8) que se juntam às oriundas do processo criativo (1-2-3-4).

Vontade forte implica, portanto em Espírito forte, o que na realidade significa que a Alma já consegue refletir um boa parcela da sua essência, pois a parte do Espírito que nos cabe – a chamada centelha divina – já é perfeita e forte por natureza, o elo que nos liga ao Todo, que se suficientemente desobstruído, é capaz de nos dar um Poder e uma Força que não imaginamos ter.  Uma frase que ouvi uma vez e que ficou na memória é a que diz que “ É a Força que dá liquidez ao Poder”.  Sem Força fica difícil manifestar o Poder no mundo material.  No mundo real, até mesmo o Poder herdado precisa ser trabalhado para não se perder e o Poder material precisa ser construído.

 

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