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Comodato – A Centelha Divina

 

     Os sistemas religiosos e esotéricos que, de alguma forma, lidam com a passagem da informação, têm dado ênfase à natureza divina do ser humano. Em decorrência disso, cada vez mais, os homens vêm sendo levados a acreditar que são deuses, o que tem fundo de verdade, mas que deve ser colocado na sua perspectiva correta.

     A justificativa apresentada para esta crença está na natureza divina do espírito que habita o corpo, ao qual se costuma denominar “centelha divina”. Mesmo em se admitindo como verdadeira esta premissa, seria ela suficiente para colocar o homem na categoria dos deuses?

     A luz que emana do Absoluto e se irradia pelo universo, estabelecendo os laços que contribuem para o seu equilíbrio, forma uma rede que obedece a uma matriz vibracional diversificada e complexa.

    Imaginemo-nos responsáveis por um sistema de distribuição de energia que tem de atingir determinadas localidades, sem o que a comunidade atendida pelo sistema poderá entrar e colapso.  Não seria de estranhar que estivéssemos dispostos a proporcionar todos os meios para garantir que o produto transportado pudesse chegar a seus usuários e os resultados obtidos pudessem ser retornados à origem.

      No caso em questão, estamos nos referindo a um sistema de distribuição de luz (vibrações) que deve chegar a bilhões de usuários.  Para que ela possa ser adequadamente recebida e canalizada são necessários receptores sintonizados nas frequências vibratórias emitidas. Para garantir que isso ocorra, além de emanar e direcionar as suas vibrações, o Absoluto provê os equipamentos necessários para receber e canalizar essa energia para o mundo físico: os espíritos. Eles têm natureza divina?  Claro que sim. Mas não pertencem, propriamente, ao homem.  São cedidos em comodato, com opção de posse definitiva, em função do que o Ser que ele ajuda a formar conseguiu produzir com a energia recebida.

      Assim, o homem participa de um sistema divino, mas ele próprio não pode ser considerado uma divindade, senão depois de preencher uma série de requisitos ao longo de suas existências.  O homem não é Deus. Ele tem dentro de si uma centelha divina com potencial para impulsioná-lo em direção ao divino.

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